sábado, 24 de julho de 2010

Michel Foucault, o filósofo que se atreveu a tudo.

‘’As pessoas sentem minha escrita como uma agressão; elas sentem que existe nela alguma coisa que as condena à morte; eu não as condeno à morte, simplesmente suponho que já estejam mortas...’’




Paul-Michel Foucault nasceu em Poitiers, na França, em 15 de outubro de 1926. Estudou na Escola Normal Superior da França, a partir de 1946, onde conhece e mantém contatos com Pierre Bourdieu, Jean-Paul Sartre, Paul Veyne, entre outros. Passado dois anos, Foucault graduava-se em Filosofia na Universidade de Sorbonne. Em 1949, Foucault se diploma em Psicologia e conclui seus Estudos Superiores de Filosofia, com uma tese sobre Hegel, sob a orientação de Jean Hyppolite.



Em 1950, o pensador aderiu ao Partido Comunista Francês. No ano seguinte, Foucault torna-se professor de psicologia na Escola Normal Superior.
Publicou seu primeiro livro em 1954, a "Doença mental e personalidade", um trabalho encomendado por Althusser. Doutorou-se com a tradução e uma introdução com notas sobre "Antropologia do ponto de vista pragmático", de Kant orientado por Jean Hyppolite. Sua tese intitulada “História da loucura na idade clássica”, Foucault, conhecido por suas críticas às instituições sociais, especialmente a psiquiatria, a medicina, suas idéias e da evolução da história da sexualidade, as suas teorias gerais relativas à energia e à complexa relação entre poder e conhecimento.

Para Foucault nos séculos XVIII e XIX, a população se torna um objeto de estudo e de gestão política. Passagem da norma da lei. Em uma sociedade centrada sobre a lei mudou para uma empresa de gestão com foco no padrão. Esta é uma conseqüência da grande revolução liberal; Conceito de biopoder: O poder de morrer e deixar viver foram substituídos pelo biopoder que é Viver e deixar morrer, do estado de bem-estar: segurança social, seguros...



Em seus escritos sobre medicina, Foucault criticou a psiquiatria e a psicanálise tradicionais. Deixou inacabado seu mais ambicioso projeto, Historie de la Sexualité (História da Sexualidade), que pretende mostrar como a sociedade ocidental faz do sexo um instrumento de poder, não por meio da repressão, mas da expressão. O primeiro dos seis volumes anunciados foi publicado em 1976 sob o título La Volonté de Savoir (1976; A Vontade de Saber) e despertou duras críticas. Em 1984, pouco antes de morrer, publicou outros dois volumes, rompendo um silêncio de oito anos: L’usage des plaisirs (O uso dos prazeres), que analisa a sexualidade na Grécia Antiga e Le souci de soi (O cuidado de Si), que trata da Roma Antiga. Foucault teve vários contatos com diversos movimentos políticos. Engajou-se nas disputas políticas nas Guerras do Irã e da Turquia. O Japão é também um local de discussão para Foucault. Várias vezes esteve no Brasil, onde realizou conferências e firmou amizades como a de Roberto Machado. Foi no Brasil que pronunciou as importantes conferências sobre A verdade e as formas jurídicas, na PUC do Rio de Janeiro.

São Francisco, cidade onde Foucault pode vivenciar algumas experiências marcantes em sua vida pessoal no que diz respeito à sua sexualidade, junho de 1984, em função de complicadores provocados pela AIDS, Foucault tem septicemia e isso provoca sua morte por supuração cerebral no dia 25 do mesmo mês e ano. Seu companheiro Daniel Defert, seu amante de longos vinte anos, dez anos mais novo que o filósofo, mas de fôlego intelectual intenso, ainda vive e milita contra a AIDS ou SIDA.



Principais Obras:



  • Doença Mental e Psicologia, 1954;

  • História da loucura na idade clássica, 1961;

  • As palavras e as coisas, 1966;

  • Vigiar e punir, 1975;

  • O poder psiquiátrico; 1973-1974;

  • Nascimento da biopolítica; 1978-1979;

  • Le gouvernement de soi et des autres; 1983;

  • A Verdade e as Formas Jurídicas; 1996;

  • A ordem do discurso; 1970;

  • O que é um autor? ;1983.



Vídeo:


Veja a Entrevista para o Jornal Le Monde

Fonte de pesquisa: O Estrangeiro

2 comentários:

  1. o que me surpreende é darem tanta importância a esse sujeito drogado, maconheiro, tarado e viado!. Não bastasse a coerência dele com suas próprias ideias terem o levado a morte, segue que seus admiradores procurem viver igualmente suas imbecilidades, como se tais abstrações pudessem ser válidas e maravilhosas na teoria mas ao mesmo tempo letais na prática. ô povinho imbecil!

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